Carnaval




Carnaval


O Carnaval que já se notabilizou como uma das festas mais populares do país, registou na sua história várias interrupções. A primeira aconteceu na década de 1940 com a eclosão da IIª Guerra Mundial; a segunda entre 1961 e 1963, com o início da luta de libertação nacional, período que também não houve carnaval por decreto do regime salazarista; e uma terceira que aconteceu entre 1975 a 1977.

O ressurgir das festividades carnavalescas na então República Popular de Angola foi protagonizado, em 1978, pelo Fundador da Nação e primeiro Presidente de Angola, Dr. António Agostinho Neto.



Carnaval em rua Angolanas

Num comício bastante popular realizado num dos mais emblemáticos municípios de Luanda (o Cazenga), o Poeta-Presidente propunha à população do país a realização do Carnaval numa perspectiva diferente daquela até então conhecida.

O restabelecimento do entrudo como uma festa pública e de recreação popular, foi idealizada por Agostinho Neto, com a finalidade de tirar a população do marasmo que absorvia completamente a sua actividade diária.

Deste modo, a história do carnaval pós-independência está intrinsicamente ligada à personagem de Agostinho Neto que, com o seu discurso popular e promissor, apelou aos angolanos à celebração das vitórias conquistadas pelo país, designando assim o carnaval da vitória. Esta foi a tónica predominante do Carnaval durante muitos anos.

Para além da sua formação em Medicina, da sua veia literária e do seu desejo de ver o direito à vida ser irrefutavelmente respeitado, Agostinho Neto revelou-se também uma personagem impulsionadora das manifestações culturais e do resgate do legado cultural do país, como pode ser lido no seu poema do livro Sagrada Esperança, intitulado Havemos de Voltar: "À marimba e ao quissange ao nosso carnaval havemos de voltar"



                                           Nova Marginal de Luanda




Com um total de 33 edições, o carnaval conservou ao longo dos tempos a euforia do povo, a energia dos mais velhos, a audácia e vitalidade dos petizes da periferia, o entusiasmo de pessoas de todos segmentos sociais e a pujança dos ilhéus.


Angola vive a 35ª edição de Carnaval 2013


Treze grupos de adultos da classe A disputam, a partir das 16, na pista da Nova Marginal, o título e o valor monetário de três milhões de kwanzas destinados ao primeiro classificado.

Nesta luta o destaque recai para os grupos União Mundo da Ilha, recordista com 12 títulos conquistados, União Jovens da Cacimba, detentor do título, União Operário Kabocomeu, vencedor da primeira edição do Carnaval de Angola (1978).

No grupo dos favoritos estão ainda o União 10 de Dezembro, vencedor de quatros edições do Entrudo, União Kiela, que tem no seu palmares cinco conquistas, e a União Sagrada Esperança.

Para além dos prémios, os grupos têm também a dura missão de lutar pela permanência no escalão A, já que os últimos cinco classificados vão ser rebaixados para a classe B.



Eis os participantes na 35º edição do Carnaval de Luanda:

União Kazukuta do Sambizanga

União Njinga Mbandi

União Jovens da Cacimba

União Sagrada Esperança

União Etu Mudietu

União Mundo da Ilha

União Estrela do Pita

União Operário Kabocomeu

União Juventude do Kapalanga

União 10 de Dezembro

União 17 de Setembro

União Dimba Dya Ngola

União Kiela

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